sábado, 1 de dezembro de 2007

O Advento

Nas alegorias dos antigos, a Esperança era filha da Sabedoria. Nada mais correto! Nunca ouvi ninguém chamando um desesperado de sábio. A aflição que compromete o dicernimento, de modo algum é compatível com o conhecimento da Verdade. Por isso, a serenidade paciente e confiante sempre foi um comportamento presente na vida dos santos. A Esperança, cajado dos mártires e inimiga do Terror, fez com que muitos defendessem a Fé mesmo nos momentos mais difíceis, sem o menor temor do carrasco.

Pode-se imaginar o quanto é miserável a vida de alguém que, vítima de uma injúria, não pode esperar o desagravo. Que sofre desconhecendo por completo as promessas feitas por Nosso Senhor no sermão da montanha.

No tempo liturgico que se aproxima, a Santa Igreja convida os fiéis a ter a virtude da Esperança. Pede que se aguarde as "graças de redenção e santificação", o auxílio da Providência e a vinda gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo na plenitude dos séculos, como o povo de Israel esperou no passado, confiantes nas profecias, o Messias prometido, o Redentor do mundo.