terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Joyeux anniversaire Priscila!

Hoje quem faz anos é a nossa amiga Priscila Camargo, secretária do MJCB.
Em sua homenagem postamos um cântico de parabéns muito tradicional!



Estes são os escoteiros de Duran.

Joyeux anniversaire
Joyeux anniversaire
Joyeux anniversaire Priscila
Joyeux anniversaire!

Que N. Sra. lhe guarde e proteja!

sábado, 1 de dezembro de 2007

O Advento

Nas alegorias dos antigos, a Esperança era filha da Sabedoria. Nada mais correto! Nunca ouvi ninguém chamando um desesperado de sábio. A aflição que compromete o dicernimento, de modo algum é compatível com o conhecimento da Verdade. Por isso, a serenidade paciente e confiante sempre foi um comportamento presente na vida dos santos. A Esperança, cajado dos mártires e inimiga do Terror, fez com que muitos defendessem a Fé mesmo nos momentos mais difíceis, sem o menor temor do carrasco.

Pode-se imaginar o quanto é miserável a vida de alguém que, vítima de uma injúria, não pode esperar o desagravo. Que sofre desconhecendo por completo as promessas feitas por Nosso Senhor no sermão da montanha.

No tempo liturgico que se aproxima, a Santa Igreja convida os fiéis a ter a virtude da Esperança. Pede que se aguarde as "graças de redenção e santificação", o auxílio da Providência e a vinda gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo na plenitude dos séculos, como o povo de Israel esperou no passado, confiantes nas profecias, o Messias prometido, o Redentor do mundo.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Introdução à vida devota - I

Caros amigos da Tradição,

Estivemos em grande dívida desde o inicio deste "Filotéia". Primeiramente, convosco, leitores, pela escassez de textos de espiritualidade, e também - por que não - com São Francisco Sales, cuja bela obra inspirou o nome do blogue.

Reconhecida a nossa falta, tratemos de extingui-la o quanto antes!

Talvez já conheçam o livro Filotéia, de São Francisco Sales. Esta obra tem a particularidade de voltar-se para aqueles que vivem no mundo e não podem levar uma vida diversa das dos outros. Nas palavras do santo:

"Acontece que muitas vezes que estas pessoas, sob o pretexto duma impossibilidade pretensa, nem sequer pensam em aspirar à devoção. Imaginam que, assim como animal algum ousa tocar naquela erva chamada Palma Christi, do mesmo modo pessoa alguma que vive no meio de negócios temporais pode fomentar pretensões à palma da piedade cristã. Mas vou mostrar-lhes que muito se enganam e que a graça é em suas operações ainda muito mais fecunda que a natureza. As madrepérolas são banhadas pelas águas do mar e contudo não são penetradas delas; perto das ilhas de Celidônia existem fontes de água doce no meio do mar; os piranetas voam por entre as chamas sem se queimar;
as almas generosas vivem no mundo sem impregnar-se do seu espírito, acham a doce fonte da devoção no meio das águas amargas das corrupções mundanas sem queimar as asas de santos desejos duma vida virtuosa.”

Certamente não será possível a transcrição de todos os textos da Filotéia, de maneira que, elegeremos um critério para a exposição dos textos aqui no blogue. Por hora, fiquem com o primeiro capítulo:



NATUREZA DA DEVOÇÃO

Aspiras à devoção, Filotéia, porque a fé te ensina ser esta uma virtude sumamente agradável à Majestade divina. Mas como os pequenos erros em que se cai ao iniciar uma empresa vão crescendo à medida que se progride e ao fim já se avultam de um modo quase irremediável, torna-se absolutamente necessário que antes de tudo procuremos saber o que seja a devoção.

Existe, pois, uma só devoção verdadeira e existem muitas que são vãs e falsas. É mister que saiba discernir uma das outras, para que não te deixes enganar e não te dês a exercícios de uma devoção tola e supersticiosa.

Um pintor por nome Aurélio, ao debuxar seus painéis, costumava desenhar neles aquelas mulheres a quem consagrava estima e apreço. É este um emblema de como cada um se afigura e traça a devoção, empregando as cores que sugerem as suas paixões e inclinações. Quem é dado ao jejum tem-se na conta de um homem devoto, quando é assíduo em jejuar, embora fomente em seu coração um ódio oculto; e, ao passo que não ousa umedecer a boca com umas gotas de vinho ou mesmo com um pouco de água, receoso de não observar a virtude da temperança, não se faz escrúpulos de sorver em largos haustos tudo o que lhe ensinuam a murmuração e a calúnia, insaciável do sangue do próximo. Uma mulher que recita diariamente um acervo de orações se considerará devota, por causa desses exercícios, ainda que, fora deles, tanto em casa como alhures, desmande a língua em palavras coléricas, arrogantes e injuriosas. Este alarga cordões da bolsa pela sua consideração com os pobres, mas cerra o coração ao amor ao próximo, a quem não quer perdoar. Aquele perdoa ao inimigo, mas satisfazer as dívidas é o que não faz sem ser obrigado à força. Todas estas pessoas têm-se por muito devotas e são talvez tidas no mundo como tais, conquanto realmente de modo algum o sejam.

Indo os soldados de Saul à casa de Davi, para, prende-lo, entreteve-os em conversa Micol, sua esposa, para ocultar-lhes a sua fuga; mandou meter num leito uma estátua coberta com as roupas de Davi e com a cabeça envolta em pelos. Feito isso,disse aos soldados que o esposo estava enfermo e que presentemente estava dormindo. É esse o erro que muitos que aparentam um exterior muito devoto e são tidos por homens realmente espirituais, mas que, na verdade, não passam de uns fantasmas de devoção.

A verdadeira devoção, Filotéia, pressupõe o amor de Deus, ou, melhor, ela mesma é o mais perfeito amor a Deus. Esse amor chama-se graça, porque adereça a nossa alma e a torna bela aos olhos de Deus. Se nos dá força e vigor para praticar o bem, assume o nome de caridade. E, se nos faz praticar o bem freqüente, pronta e cuidadosamente, chama-se devoção e atinge então ao maior grau de perfeição. Vou esclarecê-lo com uma explicação tão simples quão natural.

Os avestruzes têm asas, mas nunca se elevam acima da terra. As galinhas voam, mas têm um vôo pesado e o levantam raras vezes e a pouca altura. O vôo das águias, das pombas, das andorinhas é veloz e alto e quase contínuo. De modo semelhante, os pecadores são homens terrenos e vão se arrastando contínuo à flor da terra. Os justos são ainda imperfeitos, elevam-se para o céu pelas obras, mas fazem-no lenta e raramente, com uma espécie de peso no coração.

São só as almas possuidoras de uma devoção sólida que, à semelhança das águias e das pombas, se exalçam a Deus por um vôo vivo, sublime e por assim dizer, incansável. Numa palavra, a devoção não é nada mais do que uma agilidade e viveza espiritual, da qual ou a caridade opera em nós, ou nós mesmos, levados pela caridade, operamos todo o bem de que somos capazes.

A caridade nos faz observar todos os mandamentos de Deus sem exceção, e a devoção faz com que os observemos com toda diligência e fervor possíveis. Todo aquele, portanto, que não cumpre os mandamentos de Deus que não é justo e, muito menos, devoto; para ser justo, é necessário que se tenha caridade e, para se ser devoto, é necessário ainda por cima que se pratique com um fervor vivo e pronto todo o bem que se pode.
E como a devoção consiste essencialmente num amor acendrado, ela nos impele e incita não somente a observar os mandamentos da lei de Deus, pronta, ativa e diligentemente, mas também a praticar as boas obras, que são apenas conselhos ou inspirações particulares. Um homem ainda convalescente duma enfermidade anda com um passo lento e só por necessidade: assim um pecador recém-convertido vai caminhando na senda da salvação devagar e arfando, só mesmo pela necessidade de obedecer aos mandamentos de Deus, até que se manifeste nele o espírito da piedade. Então, sim; como um homem sadio e robusto, caminha, não só com alegria, como também envereda corajosamente pelos caminhos que parecem intransitáveis aos outros homens, para onde quer que a voz de Deus o chame, já pelos conselhos evangélicos, já pelas inspirações da graça. Por fim a caridade e a devoção não diferem mais entre si do que o fogo da chama; a caridade é o fogo espiritual da alma, o qual, quando se levanta em labaredas, tem o nome de devoção, de sorte que a devoção nada acrescenta, por assim dizer, ao fogo da caridade se mostra pronta, ativa e diligente na observância dos mandamentos de Deus e na prática dos conselhos e inspirações celestes.

[Filotéia, Ed. Vozes, Petrópolis, 1986]

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Cruzada do Rosário


O Santo Rosário foi dado á Igreja por São Domingos que o recebeu da Bem Aventurada Virgem Maria como um meio poderoso de converter os albigenses e outros pecadores. São Domingos estava rezando em dura penitência durante três dias e três noites pela conversão dos albigenses, pedindo a misericórdia de Deus sobre eles. Devido ás duras disciplinas que dilaceraram seu corpo, São Domingos caiu em coma, foi nesta hora que Nossa Senhora apareceu-lhe, acompanhada de três anjos, e lhe pediu que rezasse o Saltério Angélico.

São Domingos, iluminado pelo Espírito Santo e instruído pela Santíssima Virgem, pregou o Santo Rosário até o fim de sua vida. Após este período, o Santo Rosário começou á ser esquecido e foi então que, em 1349. Deus puniu a Europa com uma das mais terríveis pestes. Juntamente com a peste, teve também a heresia dos Flagelantes e um cisma no ano de 1376.

Passadas as calamidades pela misericórdia de Deus, Nossa Senhora pediu ao Bem-aventurado Alano de la Roche, padre dominicano do Mosteiro de Dinán, na Bretanha, que reavivasse a Confraria do Santíssimo Rosário. Nossa Senhora o escolheu porque, desde que a Confraria tinha sido criada nesta província, era-lhe adequado que um dominicano da mesma província tivesse a honra de restabelecê-lo.

Desde quando São Domingos estabeleceu a devoção ao Santo Rosário e o Bem-aventurado Alano de la Roche o restabeleceu em 1460, ele foi chamado de O Saltério de Jesus e Maria, devido ao fato de possuir o mesmo número de saudações angélicas (Ave-Marias) como os 150 salmos de Davi.

A palavra Rosário quer dizer “coroa de rosas”, ou seja, toda vez que se reza o Santo Rosário de maneira devota, coloca-se uma coroa de 153 rosas vermelhas e dezesseis rosas brancas nas cabeças de Jesus e Maria. A rosa é a rainha das flores e o Rosário, depois da Santa Missa, é a melhor das devoções, pois é uma obra direta da Santíssima Trindade e não foi feito através de um instrumento humano.

No Brasil temos um belo e heróico exemplo das graças e bênçãos recebidas pela oração do Santo Rosário. Em 1968, católicos - homens e mulheres - vão às ruas com o terço nas mãos pedir, pela intercessão da Virgem Santíssima, para que o mal do comunismo se afastasse de nosso país. “Com o rosário nada tememos”, eram os dizeres das faixas que ajudaram a garantir a vitória frente à maldição comunista. A vitória de Nossa Senhora.

Vivemos, em 2007, uma época em que o relativismo e o modernismo tomam conta de toda a sociedade e, desgraçadamente, invade também o interior da Santa Igreja Católica. “Toda religião salva”, “Todos temos o mesmo Deus”, “O que importa é o amor...” são algumas frases da moda em nossos dias. No entanto, sabemos que as coisas não são tão simples assim. Em um momento tão delicado e confuso, vemos a todo o tempo nossos irmãos católicos, perdidos, sem fé, desnorteados, como ovelhas sem pastor. E o pior de tudo, sendo enganados e seduzidos pelos mais variados tipos de seitas infiltradas em nosso país.

“Fora da Igreja não há salvação!” É o grito que a Tradição bi milenar da Igreja sempre bradou aos quatro cantos e que hoje querem a qualquer custo calar.

A história se repete. Como em 68, hoje mais do que nunca, precisamos outra vez da ajuda de Maria, nossa santíssima Mãe, porém agora, contra as malditas seitas e sua diabólica influência em toda a sociedade. O que se chamava “Rosário Vivo”, agora é a “Cruzada do Rosário”. Se todos fizerem a sua parte, conseguiremos, através da comunhão dos santos, rezar um, dois, três, dez, vinte... dezenas de rosários por dia, esperando que Cristo, Nosso Senhor, se compadeça e pela intercessão de Nossa Senhora, acabe com todas as formas de heresia propagadas pelas seitas, em especial, o protestantismo.

Jovens católicos do nosso século sejam firmes e, juntos vamos combater o mal que vem matando as almas do povo brasileiro. Exortamos a todos que participem da “Cruzada do Rosário” contra as seitas e suas influências.

Confiantes em Cristo e na intercessão de Nossa Senhora.

MJCB.

Cruzada do Rosário

Cada membro da Cruzada do Rosário se compromete em rezar, e se possível, meditar, cada dia o mistério do Rosário que lhe é atribuído por um mês. As atribuições são mudadas cada mês (ver quadro). A responsabilidade de cada um é grande, pois se apenas uma, das quinze pessoas, não reza o seu mistério um dia, impede o Rosário completo de ser rezado neste dia! Cada um deve rezar em união de espírito e de coração com os outros quatorze membros, no mistério da Comunicação dos Santos.

Intenções pelas quais é preciso rezar:

Intenção Principal - “Pelo fim das seitas e de suas influências em todo o Brasil”

Intenções Secundárias - “Pelas quatro intenções do Santo Padre: 1ªexaltação da Santa Madre Igreja católica; 2ªextirpação das heresias no mundo; 3ªconversão dos pobres pecadores e 4ªpaz entre os estados Cristãos.”
- “Pelas vocações sacerdotais e religiosas no mundo e pela Fraternidade Sacerdotal São Pio X.”

Intenções mensais e particulares - Para cada mês teremos uma intenção diferente, além das citadas acima, para rezarmos juntamente com nossas intenções particulares.

“O Rosário é para todos uma fonte de benefícios inapreciáveis. Eleva-nos insensivelmente ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo, purifica as nossas almas do pecado, abrasa-nos de amor a Nosso Senhor e enriquece-nos de graças e de méritos” (São Luiz Maria Grignion de Montfort).

“O Rosário é, pelas almas, como o Pão Espiritual de cada dia” (Irmã Lucia).

“Rezai o terço todos os dias” (Nossa Senhora de Fátima em cada aparição, de 13 de maio á 13 de outubro).

Para ser membro da Cruzada do Rosário, propor novos membros ou relatar graças recebidas, basta enviar um e-mail para: fsspx_brasil@yahoo.com.br ou mjcb.contato@yahoo.com.br com os seguintes dados: nome, cidade e telefone. Quem prefere escrever este é o endereço do Priorado Beato Pe.Anchieta: Rua Maurício Fco Klabin, 223 Vila Mariana, cep:04120-020 São Paulo-SP, Brasil.

(História do Rosário tirada do livro “O segredo do Rosário” de São Luiz Maria Grignion de Montfort)

sábado, 3 de novembro de 2007

Comemoração dos Fiéis Defuntos - (Com atraso!)

Por motivos técnicos o blogue pareceu ignorar a Festa de Finados, que a Igreja comemorou ontem. Com o mais sincero pedido de perdão e procurando reparar o erro, aqui postamos uma explicação de tal comemoração.


Depois de se ter ontem alegrado por causa dos seus filhos que entraram na glória do Céu, a Igreja pede hoje por todos aqueles que, nos sofrimentos purificadores do Purgatório, esperam o dia em que poderão associar-se à assembléia dos santos. Nunca em toda liturgia, se afirma de modo mais vivo a misteriosa unidade, que existe entre a igreja triunfante, e Igreja militante e a Igreja padecente. Jamais se cumpre de modo mais palpável o duplo dever de caridade e de justiça que é, para os cristãos, conseqüência da sua incorporação no Corpo Místico de Cristo. Em virtude do dogma tão consolador da comunhão dos santos os méritos e sufrágios de uns são aplicados a outros, a pedido da Igreja que, pela Santa Missa, indulgências, esmolas e sacrifícios de seus filhos, oferece a Deus os méritos superabundantes de Cristo e de seus membros.

A celebração da Santa Missa, sacrifício do Calvário por nós continuado sobre os altares, foi sempre considerado pela Igreja como o principal meio de se cumprir para com os defuntos a grande lei da caridade cristã. Já no séc. V havia missas dos defuntos. Mas a comemoração de Todos os Fiéis Defuntos deve-se a S. Odilão, quarto abade de Cluny: foi ele quem a instituiu em 998,e a fixou no dia seguinte à festa de Todos os Santos. Esta prática breve se estendeu a toda a Cristandade.

O sacerdote suplica todos os dias a Deus, no cânon da missa, num memento especial em que recorda todos quantos dormem o sono eterno, que lhes conceda “o lugar do refrigério, da luz e da paz”. Não há, pois, missa alguma em que a Igreja não reze pelos defuntos; mas hoje o seu pensamento vai para eles de modo muito particular, com a maternal preocupação de não deixar nenhuma alma do Purgatório sem os socorros espirituais, e de as juntar todas numa só oração. Por privilégio que um decreto de Bento XV estendeu a todo o mundo, os padres podem hoje celebrar três missas: a Igreja multiplica, para livrar as almas do Purgatório,o oferecimento do sacrifício de Cristo, em que ela colhe, para todos os seus, os frutos infinitos da Redenção.
[do Missal Romano Cotidiano por Dom Gaspar Lefebvre]

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Festa de Todos os Santos – 1ºNovembro

“Alegremo-nos todos no Senhor na solenidade de todos os Santos, pela qual se alegram os Anjos e louvam o Filho de Deus. Exultai, ó justos, no Senhor. O louvor fica bem aos retos. Glória ao Pai.” (Intróito)

O Cordeiro, Rei do Céu, primeiro e ultimo, alfa e ômega, que nos resgatou com o seu sangue, impera do seu trono rodeados dos quatro animais simbólicos da visão de Ezequiel, no esplendor dos sete candelabros de ouro, diante dos anjos das sete Igrejas, no meio dos vinte e quatro ancião cingidos com as suas coroas.

A Igreja, que, no decurso do ano, celebra incessantemente as festas dos santos, reúne-os todos hoje, numa festa comum. Além dos que pode chamar pelo seu nome, ela evoca, numa visão grandiosa, a multidão inumerável dos outros “de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé diante de trono e diante do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão”, aclamando Aquele que os resgatou com o seu sangue.

A festa de Todos os Santos deve suscitar em nós uma imensa esperança. Dentre os santos do Céu há os que nós conhecemos. Todos viveram na terra uma vida semelhante à nossa. Batizados, marcados com o sinal da fé, fiéis aos ensinamentos de Cristo, eles precederam-nos na pátria celeste e convidam-nos a ir ter consigo. Ao proclamar a sua felicidade, o evangelho das bem-aventuranças indica-nos a rota a seguir: só ela nos pode conduzir até lá.

Foi no Oriente que se começou a celebrar a “memória de Todos os Santos”, festa que se encontra no Ocidente no século VIII, em diversas épocas do ano. Segundo o Martiriológio Romano foi o Papa Gregório IV (827-844) que teve a honra de estendê-la a toda a Cristandade; mas parece que já Gregório III (731-741) tinha tomado alguma decisão neste sentido. Por outro lado, comemorava-se em Roma no dia 13 de maio a dedicação da basílica de Santa Maria e de todos os mártires, o Panteão, templo de Ágripa dedicado a todos os deuses pagãos, para onde o Papa Bonifácio IV tinha transladado muitas ossadas das catacumbas. Este fato explica por que tantos textos da missa de hoje são tirados das liturgias dos mártires. O Papa Gregório VIII mudou para o dia 1ºde novembro o aniversário desta dedicação.

“Senhor eterno e onipotente, que nos concedestes a graça de venerar na mesma solenidade os merecimentos de todos os vossos Santos, dignai-vos derramar sobre nós, por intercessão de tantos advogados, a abundância da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Coleta)

Leituras de hoje: Epístola São João 7.2-12 / Evangelho: São Mateus 5.1-12

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

PEQUENO MANUAL DO CATÓLICO

A Missa e outras obrigações
(site capela:http://www.capela.org.br/Missa/manual.htm)

O Santo Sacrifício da Missa

1) O que é a Missa?
A missa é o sacrifício da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo que se realiza sobre o altar.

2) Como pode ser a Missa o sacrifício de Jesus se este morreu na Cruz há dois mil anos?
Pelo rito da Santa Missa, o mesmo sacrifício realizado há dois mil anos torna-se presente novamente, de um modo novo, um modo sacramental, ritual, incruento, ou seja, sem derramamento do Sangue, mas verdadeiro e eficaz.

3) Porque dizemos que a missa é o mesmo sacrifício, presente de modo sacramental?
Por que nela aquele mesmo sacrifício de Jesus se apresenta diante de nós através de sinais sensíveis que realizam a graça sacramental. Estes sinais, no caso da missa são as espécies consagradas, o pão e o vinho que, na consagração, se transformam no Corpo e Sangue de Jesus pelas palavras que o sacerdote pronuncia.

4) A Missa é, então, um Sacramento?
Sim, a Missa é a cerimônia na qual se realiza o Sacramento da Eucaristia, que é a presença real de Jesus na hóstia consagrada.

5) Essa presença de Jesus na hóstia consagrada é um símbolo de Jesus?
Não podemos dizer que seja apenas um símbolo. Jesus está realmente presente com todo seu ser. Toda a natureza humana e toda a natureza divina estão presentes na Sagrada Hóstia. Toda a substância do pão e do vinho se transformaram milagrosamente no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo.

6) A Igreja católica dá um nome especial a esta transformação?
Sim, a Igreja definiu o termo de “transubstanciação” como sendo o único capaz de exprimir o milagre que se opera na transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Jesus.

7) Porque dizemos que a Missa é um sacrifício eficaz?
Por que pela presença real de Jesus nós recebemos não apenas a graça sacramental da Eucaristia, mas o autor mesmo da graça, Jesus Cristo, nosso Deus, a quem adoramos de joelhos. A presença real de Jesus é a maior graça que uma alma pode receber nesta vida.

8) De que modo podemos receber Jesus na Eucaristia?
Pela Santa Comunhão. Sendo um sinal sensível do sacrifício de Cristo, quando comungamos, recebemos Jesus como alimento de nossas almas. Ele vem ao nosso coração de um modo muito real e eficaz.

9) Como podemos nos preparar para receber Jesus no coração?
Antes de tudo, uma boa confissão, um arrependimento sincero dos nossos pecados. Devemos também viver sempre na presença de Deus, consagrando nosso dia a Ele, desde o levantar e agradecendo sempre as graças recebidas ao deitar. Na Santa Missa, estar atento ao que acontece no altar, de preferência seguindo o texto mesmo da missa no missal.

10) Existe algum momento da missa que seja mais importante do que outros?
O mais importante momento da missa é a Consagração. Assim que foram ditas as palavras da forma sacramental, o padre eleva a hóstia e o cálice para serem vistos pelos fiéis. Todos devem estar de joelhos, compenetrados, silenciosos e em adoração.

11) Existe algum outro momento em que devemos estar de joelhos obrigatoriamente?
Sim. Quando o sacrário está aberto, quando a comunhão é distribuída aos fiéis, quando o padre dá a bênção final.
Leia mais sobre o Santo Sacrifício da Missa.

O templo de Deus

A Igreja é a casa de Deus. Lugar de oração, lugar de silêncio. Nela, nada de profano deve entrar. Toda a vida de uma igreja gira em torno das coisas de Deus, principalmente do seu culto, do seu louvor, do seu sacrifício.

12) Qual é a parte principal de uma igreja?
É o altar. Ele é o centro e a razão de ser da igreja. Todo altar é de pedra, pois é sobre a pedra que se realiza um sacrifício. No Antigo Testamento vemos diversos exemplos de sacrifícios oferecidos sobre altares de pedra. Noé, quando sai da arca; Abraão quando vai sacrificar Isaac; Jacó quando acorda do sonho etc.
A Igreja mantém este costume. Mas o sacrifício oferecido já não é apenas figurativo do verdadeiro sacrifício, como no Antigo Testamento, mas o próprio sacrifício por excelência, o único agradável a Deus, o sacrifício de seu Filho.

13) Qual a primeira coisa que devemos fazer ao entrar numa igreja?
Molhando os dedos na água benta, fazemos o Sinal da Cruz. Caminhamos até o lugar em que vamos rezar, fazemos a genuflexão e nos ajoelhamos para rezar.

14) O que é uma genuflexão?
É um ato de adoração pelo qual dobramos nosso joelho direito até tocar o solo e voltamos à posição normal.

15) Em que momento devemos fazer a genuflexão?
Quando entramos na igreja, antes de sair da igreja e cada vez que passamos na frente do sacrário.

16) Existe algum outro tipo de genuflexão?
Sim. Devemos genuflectir com os dois joelhos sempre que o Sacrário estiver aberto, ou que um padre estiver elevando a hóstia na consagração de uma missa e que entrarmos nessa hora na igreja, ou ainda se o padre estiver distribuindo a comunhão. Também devemos fazer esta genuflexão com os dois joelhos quando o Santíssimo Sacramento estiver exposto na Custódia, para nossa adoração.

17) Como se faz esta genuflexão com os dois joelhos?
Devemos nos por de joelhos completamente, fazer uma leve inclinação com a cabeça e nos levantar-mos em seguida.

18) Além da água benta, da genuflexão e da oração, o que mais se pede quando se entra numa igreja?
Devemos estar vestidos corretamente, sem bermudas ou shorts, sem chinelos mas bem calçados, sem camisetas de alça, mas com camisas de mangas. Os homens e rapazes devem evitar as blusas com desenhos espalhafatosos, de esportes e coisas parecidas. As mulheres não podem entrar numa igreja com os ombros descobertos, sem mangas ou com mini-saias.

19) É obrigatório para as mulheres o uso do véu?
Desde São Paulo até bem pouco tempo sempre foi pedido às mulheres que cobrissem a cabeça dentro da Igreja. Esse é o costume que mantemos em nossas igrejas. Não somente porque está assim na Bíblia, mas também porque isso favorece o recolhimento e a oração.

20) Porque as mulheres devem vir à igreja de saias?
Porque as calças compridas dão a elas um ar menos feminino, diminuindo a distinção entre os sexos e favorecendo uma atitude menos recatada. Também por isso a saia deve ser abaixo do joelho. Estes são os critérios para as vestimentas em nossas capelas e isso tem mantido um ambiente muito bom, próprio para a oração.

21) Como podemos saber que a Sagrada Hóstia está presente no Sacrário?
O principal sinal da presença do Santíssimo é o véu que cobre o Sacrário. Este véu se chama “conopeu” e costuma ter a cor dos paramentos do dia. Além do conopeu, deve sempre haver uma lamparina acesa perto do Sacrário.

22) Se o Sacrário estiver vazio, devemos fazer a genuflexão?
Não. Diante do Sacrário vazio fazemos apenas uma profunda inclinação ao altar e ao Crucifixo. Neste caso a lamparina deve estar apagada e o conopeu levantado ou ausente.

A Missa vai começar

23) Em que momento devemos entrar na igreja para o início da Missa?
Devemos chegar sempre alguns minutos antes para nos recolhermos na oração, preparar o missal e, sendo necessário, nos confessarmos para poder comungar.

24) É permitido chegar atrasado na Missa?
Não é permitido chegar atrasado porque seria uma falta de respeito para com Deus, além de evidente prejuízo espiritual para as almas.

25) Existe alguma ordem formal da Igreja sobre isso?
Sim, um dos mandamentos da Igreja diz: assistir missa completa todos os domingos.

26) E se acontecer algum imprevisto no meio do caminho?
A Igreja tolera pequenos atrasos não culposos. Por isso ela considera que, chegando na missa dominical (ou festa de preceito) até o Evangelho, pode-se ainda comungar. É preciso, no entanto, evitar sempre o atraso. O prejuízo é muito grande quando se perde as leituras e o sermão da missa.

27) Qual o melhor lugar para se assistir à missa?
Em princípio qualquer banco da igreja deveria servir para a boa assistência. Na prática, constata-se que as pessoas que ficam no fundo têm a tendência a se dispersar, se distrair, conversar, fazer sinais aos vizinhos, chamando a atenção para coisas que distraem do essencial. Evidentemente estes costumes são prejudiciais para as almas e podem chegar a ser pecado.

28) Qual o melhor modo de se assistir à Missa?
Usando o missal Latim-Português podemos acompanhar as belíssimas orações que a Igreja reza durante o Santo Sacrifício. Com o missal, também podemos acompanhar melhor os gestos e ritos que são explicados passo a passo.

29) Existe um modo de se entender melhor as diversas orações que compõem uma missa?
Uma divisão lógica dos textos pode ajudar a se localizar:
Devemos antes de tudo distinguir entre
Ordinário da Missa: são as orações fixas que se rezam em todas as missas
Próprio da Missa: são as orações daquele dia em particular.
No Próprio de toda missa existem:
- 3 antífonas : Intróito, Ofertório e Comunhão – As antífonas são pequenos textos que introduzem um salmo. Na missa, os salmos que seguem estas 3 antífonas ficam reduzidos a um versículo, como podemos ver no missal.
- 3 orações: Coleta, Secreta e Pós-comunhão – A Coleta é a oração sobre os fiéis, nossas necessidades espirituais. A Secreta é a oração sobre as secretas, termo antigo que designava o pão e vinho separados no Ofertório para serem consagrados. A pós-comunhão é a oração de ação de graças pelo alimento sacramental que acabamos de receber.
- 2 leituras, Epístola e Evangelho. Entre as duas curtas meditações que variam de acordo com a época do Ano Litúrgico: Gradual, Aleluia, Trato.

30) Existe ainda outras divisões que possam ajudar a assistir à Missa?
Sim. Considerando a missa de modo cronológico, podemos distinguir três partes.

31) Como se chama a primeira parte da missa?
Chama-se Missa dos Catecúmenos. Assim chamada porque, sendo formada pela parte penitencial e de instrução, era assistida também pelas pessoas que se preparavam para o batismo (os catecúmenos). Estes deviam deixar a igreja após o Credo. Os Santos Mistérios só podiam ser assistidos pelos batizados. Já não se tem este costume, mas o nome permanece. Também se chama a esta parte de Ante-missa.

32) Quais as orações da Missa dos Catecúmenos?
Orações ao pé do altar, com o Salmo Judica me (42) e o Confiteor.
Intróito, Coleta e a parte da Instrução: epístola, evangelho, sermão e o Credo, que é a profissão de fé católica.

33) Qual a segunda parte da Missa?
É a Missa dos Fiéis. Na antiguidade, todos os que, já sendo batizados e tendo podido confessar-se, estavam aptos para assistir o Santo Sacrifício e comungar.

34) Quais as orações ou partes da Missa dos Fiéis?
Ofertório, com o oferecimento do pão e do vinho que serão consagrados
Prefácio, longo canto que exprime o mistério da missa do dia.
Cânon, parte central da Missa. São as mais belas orações que o padre reza em silêncio e que têm seu ápice na Consagração.
Pai Nosso, rezado apenas pelo celebrante porque este ocupa o lugar de Cristo, que o rezou sozinho para ensinar aos Apóstolos
Comunhão
Orações finais

35) Qual a posição que devemos adotar ao longo da missa?
De joelhos:
- orações ao pé do altar até o final do Kyrie (nas missas de roxo ou preto até o fim da Coleta)
- do final do Sanctus até antes do Pai Nosso
- do Agnus Dei, durante toda a comunhão, até que o padre venha rezar a antífona da comunhão
- na bênção final

De pé:
- no Glória
- no Evangelho
- no Orate Fratres até o fim do Sanctus
- no Pai-Nosso até o Agnus Dei
- na antífona da comunhão até o fim do Ite Missa Est.
- no último Evangelho

Sentado:
- durante a Epístola até que o padre entoe o Evangelho
- durante o ofertório até que o padre entoe o Orate Fratres
- é permitido, mas não recomendado, sentar-se após o sacrário ser fechado, depois da comunhão (nunca se sentar durante a distribuição da comunhão ou com o sacrário aberto).

Seria uma falta não estar de joelhos: (salvo doença)
- na consagração
- a partir do Ecce Agnus Dei, quando o padre mostra a hóstia, até que o Sacrário seja fechado
- na bênção final

36) O que se deve fazer após a comunhão?
Quando nos levantamos da mesa de comunhão, carregamos Jesus no coração. Toda nossa atenção deve estar voltada ao hóspede divino que nos vem visitar com tanto amor e misericórdia. Uma atitude compenetrada, o olhar voltado para baixo, silêncio na alma e no corpo. Chegando ao nosso lugar, ficamos de joelhos, procuramos fechar os olhos e rezar em silêncio, saboreando este encontro sublime com Nosso Salvador. Podemos também, para ajudar a concentração, rezar as orações tradicionais de “ação de graças”, como se encontram no próprio missal ou nos livros de oração.

37) Quando o padre sai da igreja, no final da missa, devemos sair também?
Quanto vale um só instante com Jesus presente em nós? Vale a pena prolongar nossas orações e nosso silêncio, principalmente se considerarmos que durante a semana, são raros os momentos de silêncio e oração. Fiquemos alguns instantes com Jesus em ação de graças, após a Santa Missa. O padre também volta à igreja para rezar sua ação de graças. Procuremos não impedi-lo, com nossas necessidades, de fazer sua ação de graças.

O uso do missal

38) Como podemos nos localizar melhor quando seguimos a missa no missal?
- O Ordinário da Missa fica no meio do missal. Ponha um marcador reservado para o Ordinário. É a parte fixa que se reza em todas as missas.
- Temporal : Toda a parte que precede o Ordinário é chamado de Temporal (missas próprias para o tempo): engloba todas as missas dos domingos ao longo do ano além de algumas outras missas que podem cair em dia de semana mas que estão inseridas nos mistérios da vida de Jesus Cristo: Natal, Epifania e outras. Ponha um marcador reservado também para esta parte
- Santoral : Logo depois do Ordinário vem o Santoral. Missas dos Santos. Dividido em duas partes:
- Comum dos Santos – são missas indicadas para diversos santos : comum dos confessores, ou comum dos mártires etc. No dia do santo está indicada a página quando se deve usar a missa do comum. Ponha um marcador par o Comum dos santos.
- Próprio dos Santos – são as missas indicadas no dia mesmo do santo. Junto com a missa vem uma breve notícia histórica sobre a vida do santo. Vale a pena abrir todos os dias o missal para acompanhar os santos de cada dia. Ponha um marcador para o próprio dos santos.
- Missas votivas – São missas que rememoram algum mistério fora de época, para quando não houver nenhuma missa indicada naquele dia.
- Missa dos defuntos – todas as orações que devemos fazer nos enterros e nas doenças graves para pedir a Deus pelos nossos parentes e amigos.
- Manual de orações – muitas orações, ladainhas, consagrações, hinos, cânticos se encontram ainda no fim do missal. Não deixe de conhecer profundamente todas elas.

Outras obrigações dos fiéis

39) Além da assistência à Santa Missa, o que mais é pedido aos fiéis?
A Santa Igreja em sua sabedoria e para o bem de nossas almas, maior glória de Deus e para nossa salvação, pede ainda outras obrigações, que devemos procurar realizar com espírito de obediência e amor por Deus Nosso Senhor. São os chamados “Mandamentos da Igreja”.

40) Quais são esses Mandamentos?
São cinco:
- Assistir a missa inteira aos domingos e dias Santos de Guarda
- Confessar-se uma vez por ano pelo menos
- Comungar por ocasião da Páscoa
- Fazer jejum e abstinência nos dias prescritos
- Dar o dízimo segundo o costume

41) Porque a Igreja nos obriga a confessar e comungar na Páscoa?
Sendo a mais importante festa do Ano Litúrgico, centro dos mistérios da vida de Nosso Senhor, a Igreja considera que todos os católicos devem realizar este mínimo de amor por Jesus Sacramentado. Não significa que esta comuhão seja suficiente. O ideal seria que comungássemos todos os domingos. Mas a obrigação da comunhão pascal nos impele a fazer um bom exame de consciência. Quantas pessoas receberam a graça da conversão devido à confissão para a comunhão pascal.

42) Quais os dias Santos de Guarda?
Na Igreja Universal são dias santos de Guarda:
- Oitava de Natal (1º de janeiro)
- Epifania (6 de janeiro)
- São José (19 de março)
- Ascensão de Nosso Senhor
- Corpus Christi
- São Pedro e São Paulo (29 de junho)
- Assunção de N. Senhora (15 de agosto)
- Todos os Santos (1º de novembro)
- N. Sra da Conceição (8 de dezembro)

Em cada país a legislação muda quanto aos dias feriados. Todos os católicos devem fazer um esforço para ir à Santa Missa nos dias santos de Guarda quando não for feriado.

43) Quais os dias de jejum obrigatório?
Atualmente, apenas na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. Mas o espírito da Quaresma nos move a jejuar com maior frequência, mesmo não sendo de obrigação. Leia mais sobre o jejum e a abstinência

44) Ainda é de rigor a abstinência de carne nas sextas-feiras?
Sim. Toda sexta-feira do ano devemos nos abster de comer carne (podemos comer peixe), em honra e em memória das dores da Paixão de Cristo.

45) Porque existe a obrigação do dízimo?
Os padres não recebem salários, mas se dedicam em tempo integral às almas. Vivem atentos a todas as necessidades espirituais, e muitas vezes, às necessidades materiais dos seus fiéis. Nada mais justo que as famílias prevejam a subsistência do seu padre.

46) Como se paga o dízimo em nossas Capelas?
Cada família costuma deixar no início do mês uma quantia para este fim. Ela varia de acordo com as possibilidades de cada. Mas todos devem estar atentos para não faltar, de modo a cumprir esta grave obrigação que a Igreja nos impõe, em nome da Caridade e que não deixa de reverter-se para o bem dos próprios fiéis.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Herodes e os Pontífices

quinta-feira, 25 de outubro de 2007, 13:18
Maia critica Cabral após governador do Rio defender o aborto

Na quarta, Sérgio Cabral declarou que Favela da Rocinha é uma 'fábrica de marginais' e defendeu o aborto
SÃO PAULO - O Prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, criticou em seu ex-blog o governador do Estado, Sérgio Cabral Filho (PMDB), que na quarta-feira, 24, defendeu o aborto como forma de diminuir a violência. Maia ironizou o uso das teses dos autores do livro Freaknomics, Steven Levitt e Stephen J. Dubner, que estabeleceram uma relação entre a legalização do aborto e a queda da violência nos Estados Unidos.

Maia afirmou que o próprio livro faz "exercícios abstratos de correlação entre variáveis", e que, por isso, não deveria ter sido levado a sério pelo governador Sérgio Cabral. Cabral afirmou que a Favela da Rocinha, na zona sul do Rio, é uma "fábrica de produzir marginal". "Você pega o número de filhos por mãe na Lagoa Rodrigo de Freitas, Tijuca, Méier e Copacabana, é padrão sueco. Agora, pega na Rocinha. É padrão Zâmbia, Gabão. Isso é uma fábrica de produzir marginal", disse o governador em entrevista ao site G1.

Ao ser questionado sobre a afirmação mais tarde, Cabral mostrou irritação e tentou amenizar o discurso. "Hoje no Rio, em áreas mais nobres, como na Tijuca, se encontram taxas de natalidade de países civilizados, onde as pessoas têm consciência. Infelizmente, nas comunidades mais carentes daqui as mulheres não têm orientação do governo sobre planejamento familiar e têm taxas equivalentes aos países mais atrasados da África. Tem tudo a ver com violência", disse.

Entidades não-governamentais e moradores de favelas acusaram o governador de criminalizar a miséria e de distorcer o discurso do movimento pró-aborto, que defende a interrupção da gravidez como direito da mulher de ter autonomia sobre seu corpo, não como forma de combate à violência.

"Com essas declarações o governo escancara que defende a criminalização da pobreza. Como o Estado não tem política para incorporar o pobre, melhor que nem nasça. A política é de extermínio", disse Camilla Ribeiro, da ONG Justiça Global. "Para os mais ricos, o Estado se faz protetor; para os mais pobres, predador. Para se justificar, faz uma representação do favelado como o outro, de onde emana todo o mal", afirmou o professor Rodrigo Torquato da Silva, morador da Rocinha há 36 anos.

Cabral destacou que a idéia de que a legalização do aborto teria relação com a diminuição da criminalidade foi comprovada no livro dos norte-americanos. Num dos tópicos do livro, eles relacionam a legalização do aborto nos Estados Unidos à queda da criminalidade em áreas pobres, embora ressaltem que essa associação suscita um debate ético.

Segundo Adriana Gragnani, do núcleo de Estudos da Mulher e Relações de Gênero da Universidade de São Paulo, Cabral baseou-se em idéias ultrapassadas, dos anos 60. "Essa tese de diminuir o número de pobres para combater a violência, seja por aborto ou contraceptivos, é antiga. Na verdade você diminui a pobreza elevando o nível de vida da população."

As declarações de Cabral ocorreram um dia depois de o secretário da Segurança, José Beltrame, dizer que "um tiro em Copacabana é uma coisa e na (favela da) Coréia é outra". Beltrame afirmou, na quarta, que não iria polemizar mais sobre o assunto.

CNBB está preocupada com movimentos pro-aborto

Um dia depois das declarações feitas pelo governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), relacionando a alta taxa de natalidade entre pessoas de classes econômicas menos privilegiadas e a violência, a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) reforçou sua defesa contra o aborto. Hoje, o presidente da entidade, Geraldo Lyrio Rocha, afirmou estar preocupado com a movimentação pró-aborto, que passou a ser mais freqüente também entre autoridades do País. Além da Cabral, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, desde o início de sua gestão enfatiza a necessidade de se debater o assunto.
Durante uma entrevista concedida ontem para o site G1, o governador do Rio defendeu o aborto como método de redução de violência no Estado e afirmou que a favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, "é uma fábrica de produzir marginal." "Estamos muito preocupados. A CNBB defende a vida desde o primeiro instante. Por isso, o tema será abordado durante a Campanha da Fraternidade do próximo ano", disse Lyrio Rocha.
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Vejamos: Governador defende o aborto baseando-se em teorias demográficas. As ONGs pró-aborto o acusam de "distorcer o discurso", afinal, o que querem é o reconhecimento do "direito da mulher sobre seu próprio corpo". Ora, qualquer inteligência mediana é capaz de perceber que por trás das bandeiras dos direitos ao aborto e à sodomia registrada em cartório está o controle populacional. Que ninguém condene Sérgio Cabral por falta de sinceridade!

Quanto aos bispos, tomem cuidado os assassinos de bebês: a Campanha da Fraternidade vem aí!
A boa notícia é que o maior país católico do mundo não vai passar a Quaresma de 2008 à meditar sobre a importância da água, das árvores...

Missão no Brasil



Sejamos gratos a toda a ajuda dos nossos amigos franceses!

São Francisco Sales

Ó Deus, que para a salvação das almas quisestes que o bem-aventurado Francisco, vosso confessor e pontífice, se fizesse tudo para todos, concedei-nos a graça de, repletos da unção de vosso amor, e auxiliados pelos seus conselhos e merecimentos, alcançarmos a alegria da vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, que, sendo Deus, vive e reina convosco na unidade do Espirito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

[Colecta da Missa em honra de São Francisco Sales]